Filme “Querido Menino” e o desafio de compreender o sofrimento invisível




O filme Querido Menino não é sobre fracasso. É sobre amor, limites, recaídas e o desespero de tentar salvar alguém que a gente ama... de si mesmo.

Baseado em uma história real, ele acompanha Nic, um jovem com dependência química, e seu pai David, que faz de tudo para ajudá-lo. Mas a grande dor é perceber que nem sempre o amor basta – e que nem toda dor é visível.

O que o filme nos ensina?

1. O sofrimento emocional pode ser silencioso. Nic é inteligente, sensível e tem apoio familiar. Ainda assim, busca nas drogas um alívio para a dor que nem ele compreende.

📌 Como profissionais, precisamos estar atentos aos sinais invisíveis de sofrimento: mudanças de comportamento, isolamento, os “eu estou bem” ditos em tom vazio.

2. A recaída não é fracasso – é parte do processo. O filme mostra que a recuperação não é linear. É feita de avanços e quedas. E exige mais do que força de vontade: exige rede de apoio, tratamento contínuo, escuta e tempo.

3. Cuidar não é controlar. David tenta de tudo: ajuda médica, internação, vigilância. Mas há um momento em que ele precisa reconhecer seus próprios limites.

⚖️ Isso nos lembra que, como assistentes sociais, nosso papel não é salvar, mas construir possibilidades junto aos sujeitos.

Reflexão para o Serviço Social:

🔹 Como lidamos com os limites da intervenção?

🔹 Estamos preparados para acolher sem julgamento?

🔹 Conseguimos oferecer apoio sem reforçar estigmas?

Aplicações práticas:

– Debates com famílias sobre escuta e cuidado

– Oficinas sobre juventudes e prevenção às drogas

– Formação de equipes sobre dependência química e saúde mental

Conclusão:

Querido Menino nos provoca a repensar o cuidado. Nem sempre vamos impedir que alguém sofra. Mas podemos garantir que essa pessoa não sofra sozinha.

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