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Mostrando postagens de março, 2025

Mãe Sempre Sabe? – Um convite à escuta, acolhimento e prática profissional com propósito

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  Por que precisamos falar sobre acolhimento familiar e diversidade no Serviço Social Vivemos em um tempo em que as vozes LGBTQIAPN+ ecoam com mais força, mas ainda enfrentam silêncios pesados — principalmente dentro das próprias famílias. O livro “Mãe Sempre Sabe?” , de Edith Modesto, nos apresenta relatos reais, tocantes e muitas vezes dolorosos de mães que vivenciaram a descoberta da orientação sexual de seus filhos e filhas. Algumas com acolhimento imediato. Outras com medo, culpa, rejeição ou processos longos de negação. O título é uma provocação. Nem sempre a mãe "sabe". Mas quando escuta, se permite aprender, ressignificar e reconstruir. 👂 E o que isso tem a ver com o Serviço Social? Tudo. Porque atendemos pessoas. Atendemos histórias atravessadas por conflitos, preconceitos, violências e, às vezes, solidão. E muitas dessas histórias têm início — ou impacto profundo — no ambiente familiar. No cotidiano da atuação, seja na assistência, na educação, na saúde ou no...

🎬 This Is Us : uma série que nos convida a sentir, refletir e praticar empatia – um olhar do Serviço Social

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A série This Is Us conquistou o público por sua narrativa sensível, comovente e, acima de tudo, humana. Para além do entretenimento, ela é uma verdadeira aula sobre relações familiares, saúde mental, identidade, adoção, pertencimento, luto e reconstrução afetiva — temas que atravessam diretamente a prática de nós, assistentes sociais. 💡 Por que This Is Us importa para o Serviço Social? Porque nos faz lembrar que por trás de cada demanda está uma história , muitas vezes não dita, silenciada ou fragmentada. E é nesse ponto que a série se conecta profundamente com a nossa atuação: ela nos convida a olhar com escuta , entender os vínculos , os afetos, os traumas, os ciclos que se repetem — e os que tentam ser rompidos. 📌 Temas que atravessam a série e o nosso fazer profissional: ✅ Adoção e identidade – A história de Randall é um exemplo forte de como o processo de adoção envolve muito mais do que acolhimento. Fala sobre pertencimento, construção da identidade racial e familiar, e as f...

A Virgem Vermelha: uma história real que nos desafia a pensar o Serviço Social para além do visível

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O filme A Virgem Vermelha (2024), dirigido por Paula Ortiz, é baseado na história real de Hildegart Rodríguez, uma jovem prodígio criada por sua mãe, Aurora Rodríguez, para ser a mulher perfeita do futuro. Intelectual precoce, ativista socialista e defensora dos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres nos anos 1930, Hildegart era o "projeto de vida" de sua mãe — até o momento em que tentou seguir seus próprios caminhos. Ao buscar autonomia, Hildegart rompeu com as expectativas de Aurora, que não suportou vê-la fora do roteiro que havia traçado. O desfecho da história é trágico, mas profundamente simbólico. Por que esse filme importa para o Serviço Social? Porque ele não é apenas uma biografia. É um retrato doloroso sobre os limites entre cuidado e controle, sobre relações familiares adoecidas, e sobre como o amor, quando marcado por dominação, pode se tornar destrutivo. A história de Hildegart nos obriga a refletir sobre temas centrais da nossa prática: ✔️ Autonomia e pr...

Resgatando a Mulher Selvagem: uma leitura essencial para assistentes sociais que trabalham com grupos de mulheres

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Em nossa atuação como assistentes sociais, especialmente junto a grupos de mulheres, buscamos constantemente ferramentas que possibilitem espaços de escuta, fortalecimento de vínculos e resgate da autonomia. É nesse contexto que trago uma indicação de leitura que tem me atravessado profundamente: o livro Mulheres que Correm com os Lobos , da psicanalista junguiana Clarissa Pinkola Estés . Trata-se de uma obra que vai além da leitura técnica: ela nos convida a uma escuta simbólica, poética e profunda da alma feminina — algo essencial em tempos em que a subjetividade tem sido cada vez mais medicalizada, silenciada ou invisibilizada. Uma citação que ecoa: “Dentro de cada mulher vive uma vida secreta, uma força poderosa cheia de bons instintos, paixão criativa e sabedoria eterna. Ela é a Mulher Selvagem, a guardiã da alma feminina.” Essa frase sintetiza o que muitos de nossos grupos buscam: reconexão com a própria voz, com a intuição e com os desejos mais autênticos. Ao trabalharmos...